Cristian Pascoal Gomes
16 January 2025
10:15
Ricardo Stuckert/PR
O filme de Fernanda Torres, vencedor do Globo de Ouro, gerou controvérsia após ser duramente criticado pelo jornal Le Monde. A publicação francesa descreveu a produção como “chata” e a atuação da atriz como inexpressiva, gerando indignação entre alguns brasileiros que interpretaram a crítica como um ataque político. Parte do público associou a repercussão negativa a um posicionamento ideológico, defendendo a obra como um símbolo de resistência contra o bolsonarismo e alegando que as críticas visavam silenciar vozes dissidentes.
Entretanto, a polêmica também envolve questionamentos sobre a legitimidade do próprio prêmio. Há acusações de que o Globo de Ouro, atualmente administrado por uma empresa, teria perdido sua imparcialidade, levantando dúvidas sobre a vitória do filme de Torres. A controvérsia, portanto, extrapola a mera avaliação cinematográfica, misturando-se a debates políticos e a suspeitas sobre a integridade do processo de premiação. A falta de consenso e a diversidade de interpretações refletem um cenário polarizado, onde a arte se torna palco de disputas ideológicas.